Os economistas consultados pelo Banco Central (BC) reduziram as projeções de inflação para os próximos anos, de 2025 a 2028, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (20). O levantamento, que reúne as expectativas de mais de 100 instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia brasileira, também mostrou uma pequena melhora na projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2025.
De acordo com o relatório, a estimativa para a alta do IPCA — índice que mede a inflação oficial do país — caiu de 4,72% para 4,70% em 2024 e de 4,28% para 4,27% em 2025.
Apesar da leve redução, os números ainda mostram que o mercado continua prevendo uma inflação acima da meta oficial definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, podendo variar entre 1,5% e 4,5%.
As projeções também foram ajustadas para os anos seguintes. Agora, os analistas esperam uma inflação de 3,83% em 2027 (contra 3,90% na semana passada) e de 3,60% em 2028 (ante 3,68% anteriormente).
Ou seja, mesmo com a expectativa de desaceleração gradual, o mercado ainda não vê a inflação atingindo o centro da meta nos próximos quatro anos.
No lado do crescimento econômico, a pesquisa apontou uma leve melhora nas expectativas para o PIB de 2025, que passou de 2,16% para 2,17%. Já para 2026, o mercado manteve a projeção de 1,80%, indicando que os economistas ainda veem um ritmo moderado de expansão da economia brasileira nos próximos anos.
Em relação à taxa básica de juros (Selic), não houve alterações nas projeções. O mercado segue esperando que a Selic termine 2024 nos atuais 15%, e que em 2025 ocorra uma redução, encerrando o ano em 12,25%.
O Boletim Focus é divulgado semanalmente pelo Banco Central e serve como um termômetro das expectativas do mercado para a economia brasileira. Ele compila projeções de bancos, corretoras e consultorias sobre indicadores como inflação, crescimento, câmbio e juros. Essas estimativas ajudam investidores e analistas a entenderem o cenário econômico e as possíveis decisões de política monetária do BC nos próximos meses.
Fonte: CNN Brasil
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