
O Banco Central da Argentina (BCRA) confirmou nesta segunda-feira (20) a assinatura de um acordo de estabilização cambial com o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, no valor de até US$ 20 bilhões. O objetivo do acordo é fortalecer as reservas internacionais da Argentina, conter a volatilidade do peso e garantir maior estabilidade macroeconômica em meio à crise financeira enfrentada pelo país.
O anúncio oficial marca a formalização de um swap de moedas entre os dois países — um mecanismo que permite ao Banco Central argentino trocar pesos por dólares americanos para reforçar a liquidez e ampliar suas ferramentas de política monetária e cambial.
Segundo o comunicado do BCRA, o acordo “busca preservar a estabilidade de preços, fortalecer a política monetária e promover um crescimento econômico sustentável”. A parceria também amplia a capacidade do Banco Central de reagir a possíveis choques externos e reduzir riscos de volatilidade nos mercados de câmbio e de capitais.
A iniciativa faz parte de uma estratégia mais ampla de recuperação econômica liderada pelo governo argentino, que tenta controlar a inflação recorde, restaurar a confiança dos investidores e estabilizar o peso, uma das moedas mais desvalorizadas da América Latina.
O acordo de US$ 20 bilhões com os EUA representa um reforço importante para as reservas internacionais da Argentina, que vêm sendo consumidas rapidamente em meio à fuga de capital e à pressão do mercado paralelo de câmbio.
Economistas avaliam que o acordo pode dar fôlego temporário à política cambial argentina, mas alertam que sem ajustes fiscais e reformas estruturais, a estabilização pode ser apenas momentânea. Ainda assim, a parceria com Washington é vista como um sinal positivo de confiança internacional na capacidade do país de restabelecer o equilíbrio financeiro e evitar uma nova crise cambial.
Fonte: Infomoney
