Se você piscou, perdeu: enquanto a nossa vida anda cheia de boletos, o Banco Central está lá discutindo se mexe ou não na Selic — aquela taxa que decide se o seu cartão vai te matar ou só te machucar um pouco.
Pois bem, o diretor de Política Monetária do BC, Nilton David, apareceu num evento em SP e largou a frase que o mercado inteiro queria ouvir:
“Aumentar os juros não está mais no nosso plano base.”
Traduzindo: relaxa, não vem bomba por aí.
Agora, o foco é outro:
Quando começam a baixar os juros?
Nilton deixou claro que o BC tá no modo “espera aí, deixa eu ver os dados”.
Nada de sair prometendo corte, nem ficar fazendo forward guidance, aquele modelo de “previsão do tempo dos economistas” que erra mais que meteorologista em feriado.
Segundo ele, o BC agora está:
- cuidando MUITO da comunicação pra não assustar ninguém
- olhando cada dado como se fosse nota de prova do Enem
- esperando tudo caminhar bonito pra inflação chegar na meta
Inflação: o bicho-papão oficial do Brasil
Nilton mandou a real:
“A melhor coisa que o Banco Central pode fazer pra ajudar na dívida pública é trazer a inflação pra meta.”
A meta tá ali, quase chegando, igual quando você mira no carro do iFood e ele passa na rua errado.
Segundo ele:
- Eles não querem derrubar o PIB
- Só querem que ele cresça no ritmo certo, sem empolgação demais
- Tipo aquela academia que você paga mas nem sempre vai — tem que ir, mas sem exagero
O tal do tarifaço dos EUA
Agora a parte estilo novela mexicana:
Os EUA meteram umas tarifas malucas em produtos brasileiros.
Depois, Trump tirou algumas.
Depois botou outras.
Depois ninguém sabe mais.
Nilton basicamente disse:
“Isso aí é quase um experimento econômico.”
Tem economista achando que tudo já passou.
Tem economista achando que o pior ainda vem.
No fim das contas: incerteza total.
Mas segundo Nilton, parece que:
- O clima tá melhorando (“arrefecendo”, como ele disse)
- O câmbio tá dando trabalho, mas nada fora do comum
- O BC precisa continuar esperto, porque “não dá pra baixar a bola”
Relação Brasil–EUA
Mesmo com o tarifaço:
- Parece que todo mundo continua vendendo pros EUA
- O impacto foi menor que o esperado
- O Brasil tá tentando não depender tanto dos gringos
- A Europa anda mais “boazinha” pra conversar com outros países
- E Trump? Nilton acha ele mais pragmático do que “8 ou 80”
Sabe aquele amigo que faz drama mas no final das contas resolve tudo?
É esse nível de pragmatismo aí.
Fonte: Infomoney


