Mato Grosso decidiu parar de apenas “dar um oi” para a China de vez em quando e resolveu morar lá também — ou quase isso.
Neste sábado (8), o Estado inaugura seu primeiro escritório internacional, em Xangai, a cidade que parece ter sido criada no modo ultra gráfico.
E não é para turismo, não: o objetivo é ajudar empresários mato-grossenses a vender mais, negociar melhor e atrair investimentos gigantes.
O presidente da Invest MT, Mirael Praeiro, resumiu bem:
“Não é viagem, não é feira, não é bate-volta. É uma base fixa com gente trabalhando full-time.”
Ou seja: Mato Grosso agora tem praticamente um “puxadinho oficial” na China.
Por que Xangai?
Porque Xangai é tipo o “shopping center do planeta”:
- maior porto de cargas do mundo,
- centro financeiro nervoso da Ásia,
- e anfitriã da China International Import Expo (CIIE), uma das maiores feiras de importação do mundo.
Ou seja: se existe um lugar no planeta onde você quer mostrar seus produtos agrícolas, é lá.
O tamanho do namoro MT–China
A China compra 44% de tudo que Mato Grosso exporta.
De janeiro a setembro de 2025, foram US$ 9,16 bilhões enviados pra lá — já ultrapassando todo o ano de 2024.
Os campeões:
- Soja – US$ 7,37 bi
- Carne bovina – US$ 1,27 bi
- Algodão – US$ 146,7 mi
Resumindo: se Mato Grosso fosse uma pessoa, a China seria aquele comprador fiel que faz Pix todo mês.
O que o novo escritório faz?
A equipe — liderada por Ariana Guedes, que ficará morando na China — vai:
- Abrir portas para empresários do MT fazerem negócios direto com compradores chineses;
- Ajudar pequenas e médias empresas a exportarem;
- Atrair indústrias interessadas em ficar perto das matérias-primas;
- Vender a imagem de Mato Grosso como potência sustentável.
Praeiro reforça:
“Preservamos 60% do território e ainda produzimos quase 10% da comida do mundo.”
Marketing, meu amigo. Marketing.
E tem mais: indústrias vindo aí
Segundo a Invest MT, quatro grupos estrangeiros já conversam com o Estado:
- 2 chineses
- 1 argentino
- 1 irlandês
Entre as possibilidades, há até uma planta de aminoácidos de milho avaliada em US$ 400 milhões.
Ou seja: investimento pesado, do jeito que Mato Grosso gosta.
Fonte: CNN Brasil


