Donald Trump resolveu mudar o roteiro. Depois de semanas indicando que revelaria o nome do próximo presidente do Federal Reserve até o Natal, o republicano agora disse que o anúncio só deve sair no começo do ano que vem. A expectativa continua alta — e os mercados, claro, seguem roendo as unhas.
Até ontem, o mais cotado nos mercados de apostas era Kevin Hassett, diretor do Conselho Nacional Econômico da Casa Branca. Já o favorito pessoal de Trump, o secretário do Tesouro Scott Bessent, aparentemente “não quer o cargo”. Ou seja: drama, incerteza e café frio nos bastidores de Washington.
E como sempre, Trump aproveitou para cutucar Jerome Powell:
“Até Jamie Dimon disse que Powell deveria cortar os juros.”
Sim, ele citou o CEO do JPMorgan como argumento de autoridade.
Tarifas pagam tudo? Segundo Trump, quase.
Trump também soltou uma das suas promessas ambiciosas: usar dinheiro arrecadado com tarifas para aliviar impostos.
Segundo ele:
“Vamos reembolsar contribuintes com dinheiro das tarifas.”
“Acredito que, em um futuro próximo, vocês não terão imposto de renda para pagar.”
Se isso vai acontecer mesmo? Difícil saber. O histórico americano diz que dinheiro não nasce em árvore, mas parece que em Washington às vezes tentam plantar.
Saúde: o pepino de sempre
Trump reconheceu que a agenda da saúde continua emperrada:
“Algo vai acontecer, não será fácil.”
Ele confirma negociações com democratas, mas por enquanto tudo segue no modo “work in progress”, aquela fase eterna que nunca vira entrega.
EUA x China: corrida da IA
Como de costume, houve espaço para a rivalidade tecnológica. Trump garantiu que os EUA estão anos-luz à frente da China quando o assunto é inteligência artificial:
“Eles não vão conseguir nos alcançar.”
É o tipo de frase que faz metade do Vale do Silício sorrir e a outra metade correr para investir mais ainda.
Fonte: Infomoney


