A OCDE resolveu olhar para o Brasil e dizer: “ok, vocês vão crescer um pouquinho mais do que eu imaginei”. No relatório mais recente, a projeção do PIB subiu para 2,4% em 2025 e 1,7% em 2026. Nada explosivo, mas já vale aquele mini-sorriso.
E por que esse otimismo moderado?
Dois motivos principais:
- Agronegócio monstro — safra deve avançar 17%, quase um modo turbo da agricultura.
- Famílias gastando mais, com renda real subindo mais de 3% e desemprego batendo 5,6%, o menor da história.
Mas calma: antes de você achar que virou a Noruega, vem a parte menos divertida.
O fôlego está acabando… e os sinais já apareceram
A OCDE basicamente disse:
“Tá bonito, mas já tá começando a chiar.”
Os indicadores recentes mostram:
- Atividade econômica caiu 1,8% desde abril.
- Varejo e indústria voltaram a escorregar.
- Confiança empresarial desanimando.
Ou seja: o motor está ligado, mas começa a tossir igual carro velho subindo ladeira.
Inflação: ainda quente demais pro gosto do Banco Central
O IPCA deve ficar em:
- 5,1% em 2025
- 4,2% em 2026
- 3,8% em 2027
Melhor do que antes, mas ainda acima da meta.
Quem puxa os preços?
- energia,
- alimentos,
- serviços,
— basicamente tudo o que dói no bolso.
E como a economia está apertada (salários subindo + fiscal bagunçado), o BC continua no mesmo mood:
postura durona.
A Selic chegou a 15% em julho — e as previsões apontam que os cortes só começam em 2026, indo devagar até uns 10,5% em 2027.
Déficit grande, dívida crescendo… e a OCDE manda o recado: “arrumem a casa aí”
O fiscal continua aquela novela:
- déficit público “expressivo”,
- gastos obrigatórios engolindo tudo,
- dívida bruta deve subir de 77,7% hoje para 82,2% em 2027.
A OCDE foi clara: sem um ajuste mais firme, a conta não fecha.
E se o governo não bater as metas fiscais?
A entidade já deu o spoiler: mais incerteza, menos investimento e clima de “e agora?” para o mercado.
Fonte: Infomoney


