ECONOMIA

Focus: Selic e inflação dão sinais de alívio

Depois de meses de tensão digna de final de campeonato, o mercado financeiro resolveu tirar um pouco o pé do freio. O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (15), mostrou que os economistas reduziram a projeção da Selic para 2026, além de cortarem novamente as expectativas de inflação.

Traduzindo: o clima ficou um pouquinho menos pesado.

Selic: devagar e sempre (bem devagar)

A previsão para a taxa Selic em 2026 caiu de 12,25% para 12,13%. Não é uma virada histórica, mas já é um sinal de que o mercado acredita que o pior pode estar ficando para trás.

Vale lembrar: na última reunião do Copom, o Banco Central manteve a Selic em 15%, como todo mundo já esperava. Foi a quarta vez seguida que os juros ficaram parados nesse patamar — altos, firmes e encarando você no financiamento do cartão de crédito.

A aposta do mercado é que os cortes comecem no primeiro trimestre de 2026, possivelmente em janeiro ou março. Até lá, paciência.

Inflação: ainda alta, mas mais comportada

A inflação também deu uma recuada nas projeções:

  • 2025: caiu de 4,40% para 4,36%
  • 2026: foi de 4,16% para 4,10%

O IPCA segue abaixo do teto da meta do BC, que é 4,5%. Inclusive, segundo o IBGE, a inflação acumulada em 12 meses está em 4,46% — raspando no limite, mas ainda dentro da regra.

Ou seja: não é motivo pra soltar fogos, mas pelo menos ninguém apertou o botão de pânico.

E os juros no longo prazo?

As projeções seguem assim:

  • 2026: 12,13%
  • 2027: 10,50%
  • 2028: 9,50%

Resumo: o mercado acredita numa queda gradual, lenta e sem emoção — bem ao estilo brasileiro.

PIB: crescimento modesto, mas constante

Nada de euforia aqui também:

  • 2025: 2,25%
  • 2026: 1,80%
  • 2027: 1,83% (leve queda)
  • 2028: 2%

É aquele crescimento que não empolga, mas também não assusta. O famoso “não é grande coisa, mas é o que tem”.

Dólar: parado no mesmo lugar

No câmbio, nenhuma surpresa:

  • 2025: R$ 5,40
  • 2026 a 2028: R$ 5,50

O mercado basicamente disse: “já me acostumei com isso”.

Via: CNN Brasil