
As bolsas de Nova York começaram a semana com volatilidade, mas encerraram o pregão desta segunda-feira (23) em alta. O movimento refletiu dois fatores principais: a leitura de que a retaliação do Irã aos Estados Unidos foi mais simbólica do que efetiva e a expectativa crescente de um corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed).
Fechamento dos principais índices de Wall Street:
- S&P 500: +0,96%, aos 6.025,17 pontos
- Dow Jones: +0,89%, aos 42.581,78 pontos
- Nasdaq: +0,94%, aos 19.630,98 pontos
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O que movimentou os mercados hoje?
O foco absoluto dos investidores nesta segunda-feira foi a escalada do conflito no Oriente Médio. Após os Estados Unidos atacarem três instalações nucleares iranianas no sábado (20), havia grande temor de uma resposta mais agressiva por parte do Irã.
No entanto, o que se viu foi uma retaliação considerada “contida” e de baixo impacto militar”.
O Irã disparou mísseis de curto e médio alcance contra a base aérea norte-americana de al Udeid, no Catar, mas nenhum dos projéteis atingiu o alvo, segundo uma autoridade dos EUA ouvida pela Reuters.
A avaliação do mercado foi que o Irã optou por uma resposta simbólica para evitar uma escalada maior, incluindo o temido fechamento do Estreito de Ormuz – rota por onde passa cerca de 20% do petróleo mundial.
O próprio presidente dos EUA, Donald Trump, minimizou o ataque:
“A resposta do Irã foi muito fraca”, afirmou Trump em publicação na Truth Social.
Expectativa por corte de juros também ajudou
Além da questão geopolítica, os investidores também voltaram as atenções para a política monetária americana.
Com os riscos de desaceleração global por conta das tensões no Oriente Médio, aumentaram as apostas de que o Federal Reserve poderá antecipar um corte na taxa de juros para os próximos meses.
O mercado agora trabalha com uma chance de cerca de 60% de corte até setembro, segundo dados compilados pela CME FedWatch Tool.
A possibilidade de juros mais baixos beneficia principalmente os ativos de risco, como ações de tecnologia e consumo.
Olho nos próximos dias:
O mercado segue monitorando de perto os desdobramentos no Oriente Médio e os próximos discursos de dirigentes do Fed. Na agenda da semana, os destaques serão:
Dados do PIB dos EUA
Relatório de inflação PCE (indicador preferido pelo Fed)
Novos números sobre estoques de petróleo
Por enquanto, a percepção de uma desescalada militar temporária somada à expectativa de alívio monetário sustentou o fôlego positivo nos mercados.
Fonte: Money Times