Amazon Brasil vira foco global de expansão: R$ 8 bilhões investidos e novas metas de crescimento

A Amazon está com os olhos voltados para o Brasil — e, mais do que isso, com os bolsos abertos. A operação brasileira da gigante do varejo online foi escolhida como a que mais receberá investimentos globais da companhia em 2024, segundo a nova presidente da Amazon Brasil, Juliana Sztrajtman.

Desde janeiro no comando da empresa, Sztrajtman assumiu com um mandato claro: acelerar a expansão da Amazon no Brasil, tanto em número de produtos quanto em capacidade logística. E os números falam por si.

Investimentos bilionários

A Amazon já investiu R$ 33 bilhões no Brasil desde sua chegada, em 2011. Somente nos últimos dois anos, os aportes somaram R$ 8 bilhões, e a previsão para este ano é que o ritmo aumente ainda mais.

Os recursos têm sido usados para expandir centros de distribuição, melhorar a infraestrutura logística e aumentar o catálogo de produtos disponíveis, hoje com cerca de 150 milhões de itens.

Em abril, a companhia inaugurou seu maior centro de distribuição da América Latina, localizado em Betim (MG). A nova unidade reforça a aposta em reduzir prazos de entrega e atender com mais eficiência os consumidores do Sudeste e Centro-Oeste.

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Brasil no centro da estratégia global

Em entrevista recente, Sztrajtman afirmou:

“A Amazon globalmente tomou a decisão de que o Brasil seria o país em que mais está investindo para expansão no mundo. Acreditamos que é o país que mais pode trazer novos clientes para a Amazon globalmente.”

Esse olhar estratégico coloca o Brasil à frente de outros mercados emergentes e consolidados, como Índia, México ou até países europeus. A aposta está na capacidade de crescimento do e-commerce brasileiro, impulsionada pela digitalização acelerada após a pandemia e pelo aumento da base de consumidores online.

Concorrência acirrada

O movimento da Amazon ocorre em meio a uma das disputas mais ferozes do varejo digital global: Amazon vs. Mercado Livre vs. Magalu vs. Shopee.

  • A Mercado Livre, líder de mercado na região, também está ampliando seus centros logísticos e intensificando a disputa por fretes rápidos e preços baixos.
  • O Magalu, apesar de dificuldades financeiras, busca resistir com sua rede de lojas físicas e forte presença em categorias como eletrodomésticos e moda.
  • E plataformas asiáticas como Shopee e Shein vêm ganhando espaço, principalmente com preços agressivos e foco em consumidores de menor renda.

Neste cenário, agilidade na entrega, amplitude de catálogo e experiência do consumidor se tornam armas essenciais — e a Amazon quer liderar nesses quesitos.

O que esperar do futuro?

Com novos investimentos, a Amazon pretende:

  • Expandir o portfólio de produtos, incluindo mais vendedores brasileiros e categorias populares.
  • Reduzir prazos de entrega, investindo em inteligência logística e tecnologia.
  • Crescer sua base de usuários Prime, oferecendo mais benefícios e fidelização.
  • E, claro, conquistar participação de mercado frente aos concorrentes.

Juliana Sztrajtman, com experiência anterior na própria Amazon como diretora de varejo, sabe que não será uma tarefa fácil — mas o fato da operação brasileira ter virado prioridade global já mostra o potencial que a empresa enxerga por aqui.

Em resumo:

  • Brasil é o principal foco global de expansão da Amazon em 2024.
  • Mais de R$ 8 bilhões investidos em dois anos, com expectativa de aumentar.
  • Novo centro de distribuição em Betim (MG) reforça logística.
  • Concorrência com Mercado Livre, Magalu, Shopee e Shein segue acirrada.
  • Meta da empresa é mais produtos, entregas mais rápidas e maior presença no varejo nacional.

Fonte: Infomoney

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