
(Foto: Startups.com.br | Reprodução)
“ADM, o roxinho tá montando seleção de ex-BC?”
Pois é, colega. O Nubank não tá de brincadeira: depois de oficializar Roberto Campos Neto (ex-presidente do Banco Central) como vice-chairman, agora trouxe também Otávio Ribeiro Damaso, ex-diretor de regulação do BC, pra ser consultor de risco e regulação.
Mas o que eles vão fazer?
Campos Neto, que assumiu em 1º de julho, virou chefe global de políticas públicas e vai sentar no conselho do Nubank, reportando direto a David Vélez, CEO e fundador do banco.
Já Damaso vai ser aquele “olho clínico” fixo nos comitês de risco e auditoria, além de aconselhar a empresa sobre regulação, ambiente de negócios e, claro, como não pisar na bola.
Por que isso importa?
O Nubank cresceu como fintech rebelde, sem agência, sem gravata, com app bonitinho e meme no Twitter. Só que agora tá do tamanho de banco grande — e banco grande precisa lidar com regra, risco, pressão política e mercado gringo de olho.
Trazer quem escreveu parte dessas regras pro lado de dentro é, ao mesmo tempo, defesa e estratégia. Blindagem contra susto regulatório e ponte pra conversar com Brasília de igual pra igual.
ADM, e a tal quarentena?
Campos Neto ficou seis meses “na geladeira” antes de assumir, como manda a lei pra ex-presidentes e diretores do BC.
Passado o prazo, entrou oficial em julho e já começa a participar das reuniões do conselho.
Resumo da jogada:
O Nubank quer continuar crescendo, mas sem tropeçar na regulação — e pra isso montou um time que entende cada vírgula do que tá escrito (ou vai ser escrito) nas regras do jogo.
Fonte: Infomoney