(Foto: Reprodução)
Tá todo mundo devendo mais?
Sim, bebê. Agosto veio trazendo boletos e lágrimas. Segundo a CNC, 30,4% das famílias estavam com contas atrasadas. É o maior índice de inadimplência desde que a pesquisa começou, lá em 2010. Pra comparar: ano passado era 28,8%.
E quem não consegue pagar nem com reza braba?
Essa turma também cresceu. Agora 12,8% assumem que não têm condição de quitar as dívidas. É tipo estar atolado na areia movediça: quanto mais mexe, mais afunda.
Mas calma, coração. Todo mundo tá devendo?
Quase isso. 78,8% das famílias têm alguma dívida pra vencer. Cartão, carnê, empréstimo, casa, carro… tá valendo até cheque especial (sim, ainda existe quem use). É o maior patamar desde 2022.
E a sensação?
Curiosamente, menos gente se diz “muito endividada”: caiu de 15,5% pra 15,4%. O brasileiro é resiliente — ou tá se iludindo mais rápido que financiamento em 72 vezes.
Cartão de crédito ainda é o vilão?
Claro. 84,5% das famílias endividadas estão no crédito rotativo. Mas, olha só: ele perdeu um pouquinho de espaço. Quem ganhou terreno? Os carnês, que subiram pra 16,6%. Sim, sua tia que compra no crediário da loja de bairro tá estatisticamente certa.
Resumo da novela
- Inadimplência recorde.
- Endividamento batendo teto.
- Crédito mais caro e prazos mais curtos.
- E ainda projetam que até o fim do ano a coisa vai piorar.
Reflexão final
O Brasil tá vivendo de cartão como quem vive de miojo: resolve no curto prazo, mas se vira rotina, dá ruim. A pergunta que fica: você tá controlando suas dívidas ou tá só esperando o carnê vencer pra parcelar no cartão?
Leia mais: Mercado manda real e reduz estimativas para crescimento da economia e inflação