Primeiro aporte será na mina de Santa Rita, na Bahia, um dos maiores depósitos de níquel sulfetado do mundo
A Appian Capital Advisory Limited e a IFC (International Finance Corporation) — braço de investimentos do Banco Mundial — anunciaram nesta terça-feira (21) o lançamento de um novo fundo conjunto de US$ 1 bilhão voltado ao desenvolvimento de projetos de minerais críticos em mercados emergentes.
O fundo, que contará com um aporte inicial de US$ 100 milhões da IFC e captação adicional feita pela IFC Asset Management Company, tem como meta financiar projetos ligados à transição energética, à indústria e às tecnologias de baixo carbono, com foco especial na América Latina e na África.
Primeiro investimento será no Brasil
O primeiro aporte do fundo será feito na mina de Santa Rita, localizada em Itagibá, na Bahia, operada pela Atlantic Nickel, empresa controlada pela Appian.
O investimento conjunto vai acelerar o desenvolvimento subterrâneo da mina, que atualmente opera no modelo de cava a céu aberto — em que o minério é extraído próximo à superfície.
A Santa Rita produz níquel, cobre e cobalto, minerais essenciais para a fabricação de baterias, veículos elétricos e equipamentos eletrônicos.
Com vida útil estimada em mais de 30 anos, o projeto deve atingir produção anual de cerca de 30 mil toneladas de níquel quando operar em plena capacidade, consolidando-se como uma das maiores minas de níquel sulfetado do planeta.
Fundo marca primeiro veículo global voltado à mineração em mercados emergentes
De acordo com nota conjunta, o novo fundo Appian–IFC representa o primeiro veículo de mineração dedicado exclusivamente a mercados emergentes. A proposta é financiar desde a construção até a expansão de empreendimentos minerais que impulsionem crescimento econômico sustentável.
A Appian já tem histórico de investimentos bem-sucedidos no setor mineral africano, com participação em projetos de terras raras e ouro que resultaram em minas hoje em operação.
Minerais críticos e transição energética
Segundo as empresas, os minerais críticos são a base da economia moderna, e sua demanda tende a crescer exponencialmente com o avanço das energias renováveis, da mobilidade elétrica e da digitalização global.
“À medida que o mundo acelera sua transição energética e digital, esses recursos tornam-se fundamentais para um crescimento global mais equitativo e sustentável”, afirmaram a Appian e a IFC em comunicado conjunto.
Fonte: CNN Brasil
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