Relatório de Estabilidade Financeira aponta incertezas globais, mas destaca resistência do sistema bancário brasileiro.
O que está acontecendo?
O Banco Central (BC) divulgou nesta terça-feira (29) seu Relatório de Estabilidade Financeira, destacando que a política econômica dos EUA está gerando mais incertezas no mercado global. Isso exige cautela dos países emergentes, como o Brasil, devido a:
Dúvidas sobre desaceleração econômica e inflação em outras nações.
Possíveis impactos em taxas de juros e câmbio.
Como o Brasil está posicionado?
Apesar do cenário internacional volátil, o BC afirma que:
Sistema Financeiro Nacional (SFN) está sólido, com boa capitalização e liquidez.
Exposição ao risco cambial é baixa (pouca dependência de financiamento externo).
Sistema bancário resistente a crises, segundo testes de estresse.
Preocupações internas
Além dos riscos globais, o BC destacou desafios domésticos:
Riscos fiscais: Preocupação com a sustentabilidade da dívida pública.
Endividamento alto: Famílias e empresas estão mais vulneráveis a inadimplência.
Crescimento do crédito:
- Pessoas físicas: Alta em financiamento de veículos e empréstimos não consignados.
- Pessoas jurídicas: Aumento para empresas de todos os portes.
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Impacto dos juros altos
O BC prevê que o aumento da Selic afetará empresas, mas o impacto será menor que na crise de 2015-2016.
Conclusão: O que esperar?
- Cenário global exige atenção, mas o Brasil está em posição menos vulnerável que no passado.
- Sistema bancário robusto, porém riscos fiscais e endividamento preocupam.
- BC diz estar preparado para intervir se houver turbulência nos mercados.
Fique de olho: Se a política dos EUA continuar gerando incertezas, moedas emergentes (como o real) podem sofrer pressão.
Fonte: Relatório de Estabilidade Financeira do BC (29/04).