Os chanceleres do Brasil e do Paraguai finalmente apertaram as mãos (politicamente falando) e concordaram em voltar à mesa de negociações sobre a energia de Itaipu ainda na primeira quinzena de dezembro.
Sim, depois de meses de pausa porque rolou um climão digno de WhatsApp de família, as conversas vão recomeçar.
O motivo da treta: ABIN e… espionagem?
Segundo o Itamaraty, o ministro brasileiro Mauro Vieira precisou levar ao Paraguai um relatório confidencial explicando ações da ABIN feitas entre junho de 2022 e março de 2023 envolvendo o país vizinho.
Tradução para o leigo: os paraguaios queriam saber se estavam sendo espionados. E estavam? O relatório é confidencial, então só Deus, Mauro Vieira e meia dúzia de diplomatas sabem.
Após ouvir as explicações, o chanceler paraguaio Ramírez Lezcano basicamente disse:
“Ok, entendido. Vida que segue.”
E assim, o assunto foi oficialmente encerrado.
O que tá em jogo?
O retorno das negociações envolve o famoso Anexo C do Tratado de Itaipu — a parte que define como o Brasil e o Paraguai dividem, pagam, vendem e comercializam a energia da usina.
Em 2024, os dois países tinham até feito um pré-acordo que incluía:
- Redução da tarifa de energia para consumidores brasileiros a partir de 2026
- Ajustes financeiros entre os dois lados
- Um clima de paz e amor na fronteira (ok, essa parte eu inventei)
Mas aí veio o episódio ABIN → Paraguai ficou desconfiado → conversas congeladas.
Agora tudo volta ao normal — ou pelo menos ao normal possível quando estamos falando de dois países disputando uma das maiores usinas do planeta.
Fonte: Infomoney


