ECONOMIA

Governo confirma salário mínimo de R$1621 em 2026

O governo federal confirmou que o salário mínimo de 2026 será de R$ 1.621. O valor representa um reajuste de 6,68% — cerca de R$ 103 a mais do que os R$ 1.518 pagos hoje. O novo piso começa a valer em janeiro, mas só aparece no bolso do trabalhador no pagamento de fevereiro.

E não é só o salário que muda: sempre que o mínimo sobe, uma série de benefícios também sofre impacto. INSS, seguro-desemprego, abono salarial e BPC entram automaticamente na conta. Ou seja, qualquer alteração no piso movimenta bilhões de reais em despesas obrigatórias ao longo do ano. É aquele efeito dominó que o governo conhece bem.

Como o governo chegou nesse valor?

O cálculo segue a regra atual de valorização do salário mínimo, que usa dois ingredientes:

  1. INPC dos últimos 12 meses
    O índice ficou em 4,18%, segundo o IBGE, divulgado nesta quarta-feira (10). É a parte que corrige a inflação, garantindo que o mínimo não perca poder de compra.
  2. Crescimento do PIB de dois anos atrás
    Entra como ganho real, mas tem um limite: até 2,5 pontos percentuais. É o que ajuda o mínimo a subir acima da inflação quando a economia vai bem.

Somando tudo, chegamos aos R$ 1.621.

O que isso muda na prática?

Para quem recebe salário mínimo, é um alívio modesto, mas importante. Para o governo, é uma conta pesada: cada R$ 1 de aumento representa milhões a mais em gastos obrigatórios durante o ano, especialmente pelo impacto direto nas aposentadorias e benefícios sociais.

Mas, como manda a lei, o reajuste vem — e 2026 começa com um mínimo mais alto e um orçamento que terá de se virar para caber esse aumento.

Fonte: CNN Brasil