
De acordo com um relatório da Farside Investors, divulgado nesta quarta-feira (18), só no último dia, os ETFs movimentaram impressionantes US$ 389,5 milhões em novas aplicações.
No total acumulado desse período de alta (os últimos 8 dias), o valor chega a nada menos que US$ 2,4 bilhões.
Por que esse número é tão importante?
Para quem não acompanha o dia a dia do mercado de ETFs e cripto, pode parecer só mais um dado. Mas não é.
Isso mostra um apetite crescente dos investidores institucionais e individuais pelo Bitcoin, usando um veículo de investimento regulado e de fácil acesso: os ETFs.
Os ETFs permitem que qualquer investidor compre Bitcoin sem precisar abrir uma carteira cripto ou se preocupar com armazenamento em exchanges. Basta comprar o ETF como se fosse uma ação normal, via corretora.
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Quem está liderando a corrida?
BlackRock (IBIT):
O maior destaque dessa onda de entradas é o IBIT, ETF de Bitcoin da gigante BlackRock, que sozinha atraiu US$ 278,9 milhões em um único dia.
Fidelity (FBTC):
Logo atrás vem a Fidelity, com seu ETF FBTC, que registrou US$ 104,4 milhões em aportes.
Bitwise (BITB):
Na sequência, o fundo BITB, da Bitwise, teve um saldo positivo de US$ 11,3 milhões.
Grayscale e Hashdex:
Até o mini-ETF de Bitcoin da Grayscale, junto com o DEFI, da brasileira Hashdex, entraram no fluxo positivo, captando US$ 10,1 milhões e US$ 1,2 milhão, respectivamente.
E quem ficou para trás?
O único que viu saída de dinheiro foi o tradicional GBTC, da própria Grayscale, com um fluxo negativo de US$ 16,4 milhões no dia.
Isso faz sentido: muitos investidores estão trocando o GBTC, que historicamente tinha taxas mais altas, pelos novos ETFs que cobram menos.
O que está por trás desse movimento?
Essa sequência de entradas milionárias não acontece por acaso. Há alguns motivos por trás:
Expectativa de novas altas no preço do Bitcoin
Muitos investidores estão de olho em uma possível valorização do Bitcoin nos próximos meses.
Entrada de grandes gestores no setor
Com nomes como BlackRock e Fidelity oferecendo ETFs, o mercado de Bitcoin ganhou mais credibilidade institucional.
Maior facilidade de acesso
Investidores que antes tinham medo ou dificuldade de operar diretamente com Bitcoin agora conseguem ter exposição ao ativo apenas comprando um ETF, pela própria corretora.
Debates regulatórios mais favoráveis nos EUA
A recente aprovação da Lei GENIUS no Senado americano (ainda aguardando votação final) também aumentou o otimismo com o setor cripto.
O que esperar daqui para frente?
Caso o cenário continue positivo, os analistas de mercado acreditam que os ETFs de Bitcoin podem registrar novos recordes de captação ao longo de 2025.
Esse tipo de produto tende a atrair fundos de pensão, grandes bancos e investidores de longo prazo, aumentando a demanda pelo ativo.
Além disso, o desempenho desses ETFs nos EUA pode influenciar outros países a criarem seus próprios produtos semelhantes.
E para o investidor brasileiro?
Se você é brasileiro e tem interesse em acompanhar ou investir, hoje já existem algumas opções por aqui, como o próprio ETF da Hashdex, listado na B3, além de fundos de criptomoedas oferecidos por diversas gestoras nacionais.
Mas, claro, o mercado americano ainda lidera em tamanho e volume.
Para quem prefere investir lá fora, basta ter conta em uma corretora internacional que ofereça acesso às bolsas americanas.
Fonte: Criptofacil