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“ADM, o que tá pesando tanto no caixa do governo?”
Colega, segura essa conta: segundo estudo do CLP (Centro de Liderança Pública), só o gasto com aposentadorias e BPC (Benefício de Prestação Continuada) pode aumentar até R$ 600 bilhões até 2040. É quase um novo orçamento inteiro da saúde — ou o dobro do que o governo investe hoje em infraestrutura.
O vilão da história?
A dupla inflexão histórica que o Brasil tá vivendo: a população começa a encolher ao mesmo tempo em que envelhece rápido demais.
Menos jovens contribuindo
Mais gente acima de 65 anos recebendo benefício
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Mesmo sem aumentar o valor médio pago ou incluir mais gente, os gastos devem saltar para 8,3% do PIB — quase 28% a mais que hoje.
E o efeito dominó vai além da Previdência:
Saúde: o IBGE projeta que 20% da população terá mais de 65 anos em 2045, puxando o gasto do SUS de 4,2% pra 7,5% do PIB
Educação: com menos crianças e jovens, o número de alunos deve cair 20% até 2040, o que poderia liberar recursos — se houver vontade política pra redirecionar
ADM, tem saída?
O estudo do CLP diz que não dá mais pra adiar uma nova reforma da Previdência. Mas só ela não basta:
Reorganizar a saúde com mais foco em prevenção e cuidado crônico
Usar a queda de alunos pra investir mais por estudante
Reformar regras constitucionais e reduzir a rigidez do orçamento
Além disso, o CLP defende três grandes frentes:
Consolidação fiscal de verdade (pra atrair investimentos)
Políticas de produtividade (infraestrutura, qualificação, abertura comercial)
Pacto federativo que reparta melhor os gastos entre União, estados e municípios
Resumo do rolê:
Sem reforma, o envelhecimento populacional vai sugar bilhões do caixa público e deixar menos espaço pra saúde, educação e investimentos. E mesmo com reforma, vai precisar mexer em como o país gasta e arrecada pra não travar tudo.
Fonte: CNN Brasil