Grindr pode fechar capital após proposta bilionária de recompra

Em meio à onda de relacionamentos abertos e reestruturações no setor de tecnologia, o Grindr, aplicativo de relacionamentos voltado para o público LGBTQIA+, pode deixar a Bolsa de Nova York. A plataforma recebeu uma proposta de aquisição de US$ 3,46 bilhões, feita por um consórcio de acionistas majoritários liderado por George Raymond Zage e James Fu Bin Lu, ambos membros do conselho da empresa.

A oferta prevê o fechamento de capital do Grindr, pouco mais de dois anos após sua estreia no mercado acionário. O grupo ofereceu US$ 18 por ação, o que representa um ágio de 51% em relação ao valor registrado em 10 de outubro, quando o interesse pela transação foi revelado. Segundo o consórcio, o financiamento já está garantido e há aporte de investidores, embora a proposta ainda seja não vinculante, ou seja, sem compromisso formal de venda.

Setor de dating apps enfrenta desaceleração

Fundado em 2009, o Grindr é um dos maiores aplicativos de relacionamento para o público LGBTQIA+, presente em mais de 190 países. A empresa foi adquirida por Zage e Lu em 2020, que posteriormente conduziram sua abertura de capital em 2022. Ambos continuam no conselho, e Zage atua como presidente.

A possível recompra ocorre em um momento de turbulência no mercado de dating apps, marcado pela “fadiga do swipe” — quando usuários se mostram cansados da dinâmica repetitiva de deslizar perfis — e crescimento mais lento. O cenário também afeta gigantes como o Match Group (dono do Tinder) e a Bumble Inc.

Interesse de longo prazo e valorização das ações

Somos grandes entusiastas das perspectivas de longo prazo da empresa. Tenho sido um comprador constante das ações do Grindr desde sua abertura de capital, acumulando mais de US$ 200 milhões em papéis no mercado público. Também estou disposto a investir capital adicional neste negócio”, declarou George Raymond Zage durante a divulgação dos resultados financeiros nesta quinta-feira (24).

O Grindr ainda avaliará a proposta, que deve passar pelo crivo de acionistas minoritários e órgãos regulatórios. Como se trata apenas de uma intenção preliminar, o acordo pode ser ajustado ou cancelado.

Fonte: Startups

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