A China está naquele momento “vamos manter a meta, mas talvez aumentar um pouquinho”. Segundo assessores do governo e analistas, Pequim deve repetir para 2026 a mesma ambição de 2025: crescer cerca de 5% ao ano.
Mas, pra bater esse número, o governo chinês vai precisar fazer exatamente o que você faz quando tenta melhorar a vida: gastar um pouco mais e não travar o crédito.
Por que tudo isso?
Porque o país ainda está tentando sair de um combo nada agradável:
- mercado imobiliário derretendo há anos,
- consumidor sem muita disposição de comprar,
- fábricas produzindo mais do que conseguem vender,
- investimentos em infraestrutura esfriando,
- e um período chato de deflação (quando preços caem — parece bom, mas é sintoma de economia fraca).
Ou seja: a economia chinesa anda meio “sem vontade de viver”. Então o governo quer entrar no novo plano quinquenal (2026–2030) com o pé direito.
O plano dos economistas de Pequim
A maioria dos assessores insiste:
“Meta de 5% em 2026 dá pra buscar, mas tem que soltar a política fiscal e monetária.”
Já um grupo menor acha mais sensato algo entre 4,5% e 5%, pra não prometer demais.
Os líderes chineses devem bater o martelo agora em dezembro, na famosa Conferência Anual de Trabalho Econômico Central — é tipo a reunião de planejamento estratégico do país. A meta só será divulgada publicamente em março, no Parlamento.
Detalhe: esses assessores não decidem nada, mas sempre têm um palpite que costuma refletir o que a ala mais técnica do governo pensa.
O que eles querem fazer na prática?
Os conselheiros recomendam:
- Déficit fiscal na casa dos 4% ou um pouco acima — igual ou maior que o já recorde deste ano.
- Títulos do governo emitidos mais cedo em 2026 pra turbinar o caixa.
- Uma virada lenta do gasto público: sair do excesso de infraestrutura e colocar mais dinheiro no bolso do consumidor e em programas sociais.
Porque, né… se o povo não gastar, a roda não gira.
O objetivo final
A China quer dobrar o PIB per capita e chegar a US$ 20 mil até 2035.
Pra isso, precisa crescer 4,17% ao ano na média pelos próximos dez anos.
É a famosa corrida de longa distância: não adianta só correr rápido um ano e capengar nos outros.
Fonte: Infomoney


