A economia dos Estados Unidos está dando aquela famosa cochilada depois do almoço: nada desabando, mas também nada empolgante. Quem contou isso foi o Federal Reserve (o “Banco Centralzão” deles), no famoso Livro Bege, um relatório que funciona tipo um “diário de fofocas econômicas” dos 12 distritos do Fed.
Atividade econômica: ficou ali… na mesma
Segundo o relatório, a atividade econômica ficou praticamente parada nas últimas semanas.
– Alguns distritos viram uma leve queda,
– Um ou outro viu um crescimentozinho tímido,
– Mas no geral, ficou tudo naquele “vai, mas não vai”.
Mercado de trabalho: contratou menos, demitiu pouco, mas esfriou
O emprego também deu uma murchada:
- Metade dos distritos percebeu uma demanda menor por trabalhadores.
- Demissões em massa? Até existem, mas não é uma avalanche.
- O mais comum está sendo:
– congelar novas contratações,
– contratar só pra substituir gente que saiu,
– ou esperar a galera sair sozinha.
Em resumo: o mercado não virou um caos, mas também não está mais aquele trator de antigamente.
Paralisação do governo deixou o Fed “no escuro”
Como o governo americano ficou travado por 43 dias, vários dados importantes deixaram de ser divulgados. Então o Fed, que normalmente trabalha com montanhas de estatísticas, teve que apoiar suas decisões muito mais no Livro Bege — que é mais rápido, mais qualitativo e bem mais detalhado.
A taxa básica lá hoje está entre 3,75% e 4,00%, depois de dois cortes seguidos.
Dados mais recentes: desemprego não explodiu
Um dos poucos indicadores atualizados mostrou que:
- Pedidos de seguro-desemprego caíram para o menor nível desde abril.
- Mas o número de pessoas que continuam recebendo o benefício ficou perto do maior nível em 4 anos.
Em bom português:
Não tá caindo um dilúvio de demissões,
mas ☁️ quem perde o emprego está demorando mais pra se recolocar.
Mercados apostam em mais um corte nos juros
Até semana passada, apostar em um novo corte de juros era tipo jogar cara ou coroa.
Agora?
Os mercados estão quase certos de que vai rolar mais uma redução de 0,25 ponto percentual na reunião dos dias 9 e 10 de dezembro.
O motivo da mudança?
John Williams, presidente do Fed de Nova York, deixou no ar que enxerga espaço para cortar juros “no curto prazo” — e aí o mercado já entendeu o recado.
O futuro: Fed dividido e muita discussão pela frente
A decisão de dezembro deve sair:
- mesmo com discordância interna,
- acompanhada de um novo conjunto de previsões,
- e com um debate pesado sobre até onde os juros podem cair em 2025.
Ou seja, o Fed está em clima de “grupo de WhatsApp de família”: todo mundo opinando, ninguém concordando totalmente e o futuro ainda meio nebuloso.
Fonte: Infomoney


