INTERNACIONAL

OCDE : economia dos EUA vai perder ritmo, mas não vai parar

A OCDE soltou mais um daqueles relatórios que deixam economista de cabelo em pé e leigo pensando: “tá, mas isso mexe no meu bolso?”
Calma que a gente te explica.

Segundo a organização, a economia dos Estados Unidos deve desacelerar, mas sem entrar em recessão. Nada de desastre hollywoodiano: é mais um “anda devagar porque o terreno tá esburacado”.

Crescimento previsto

  • PIB 2025: 2% (subiu da projeção anterior: 1,6%)
  • PIB 2026: 1,7% (antes era 1,5%)

Ou seja, cresce menos… mas cresce.

Por que a economia vai esfriar?

A OCDE aponta um combo de fatores que deixam qualquer economia com soninho depois do almoço:

  • Mercado de trabalho perdendo força — menos contratações, menos pressão por salários.
  • Imigração líquida caindo — menos gente chegando = menos mão de obra = menos atividade.
  • Tarifas mais altas — preços sobem e o consumo dá aquela travada.
  • Cortes no orçamento público — especialmente em gastos não relacionados à defesa.

Mas apesar do clima gelado, os EUA continuam mostrando resiliência: a inflação segue incomodando, mas está relativamente controlada, e as expectativas de longo prazo estão firmes no lugar.

Inflação: finalmente vai respirar?

A OCDE revisou a estimativa de inflação PCE (a preferida do Fed):

  • 2026: caiu de 2,8% para 2,3%
  • 2025: recuou de 3,2% para 3%

A projeção é que a inflação dê uma subidinha até meados de 2026 — culpa das tarifas que pularam de 2,5% para 14% — mas volte à meta em 2027.

Tradução: sobe um pouco… mas não perde a linha.

E o Fed?

Com a economia desacelerando, abre-se espaço para o que o mercado AMA ouvir:

Corte de juros no radar

A OCDE espera que a taxa básica caia gradualmente até a faixa de 3,25%–3,5% no fim de 2026.

É aquele momento em que o Fed diz:
“Ok, dá pra afrouxar um pouquinho sem derrubar o castelo.”

Fiscal: aí é que mora o problema…

Se o PIB está relativamente ok e a inflação está cedendo, tem uma coisa que continua feia:

Déficit público:

Deve ficar perto de 7,5% do PIB até 2027.

Dívida bruta:

Caminha para 128,4% do PIB em 2027.

A OCDE basicamente escreveu:
“Gente, isso aqui tá desequilibrado. Vai precisar de ajuste de verdade.”

Riscos no caminho

A organização alerta que alguns fatores podem estragar o clima:

  • uma correção forte nas bolsas;
  • inflação insistente;
  • crédito mais fraco;
  • e claro: incerteza política (porque nunca pode faltar).

Mas tem esperança: Inteligência Artificial

Sim, mais uma vez a IA aparece como potencial salvadora.
O relatório diz que o investimento pesado em inteligência artificial pode surpreender positivamente o crescimento nos próximos anos.

Fonte: Infomoney