
“Mas ADM, o que tá pegando com esses tais de FIDCs?”
Então, bora decifrar: os FIDCs são fundos que compram dívidas (os “direitos creditórios”) e transformam em grana rápida pra mais de 3 milhões de empresas, principalmente pequenas e médias. É como se fosse um motorzinho do fluxo de caixa da economia.
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Aí veio o balde de água fria: o governo resolveu subir o IOF, aquele imposto que morde operações financeiras. Antes, o mercado desses fundos girava tranquilo, captando de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões por mês. Depois do decreto? Virou marasmo: os recursos ficaram “represados”, como contou a galera da Ouro Preto Investimentos.
Mas pera: não tinham derrubado?
Pois é! O Congresso até cancelou o aumento do imposto, o que deu uma respirada geral. Só que o governo não largou o osso e levou a briga pro STF. Resultado? Uma nova onda de insegurança que travou de novo o dinheiro.
E quem sofre?
Segundo Leandro Turaça, sócio da Ouro Preto, agora ninguém sabe se o IOF vai bater só quando o investidor aplica ou também na hora em que o fundo compra cotas dentro do FIDC. Sem resposta clara, muitos fundos deram aquela segurada nas novas captações.
“E daí, ADM? É só esperar, né?”
Quase isso, bebê. Enquanto isso, quem depende desse crédito — pequenas e médias empresas que já vivem no fio da navalha — pode ficar sem grana pra rodar. Se o impasse continuar, cresce o risco de inadimplência e até mais recuperações judiciais pintando por aí.
Pra não deixar a peteca cair
A Ouro Preto até tentou driblar a pancada: ofereceu um rendimento acima de 0,38% já no primeiro dia, pra compensar a mordida do IOF, ajustando depois. É tipo tampar um buraco com fita adesiva enquanto espera o pedreiro.
Resumo do rolê:
O Congresso derrubou, o governo não aceitou, jogou no STF e quem paga a conta — adivinha? — são as empresas que ficam sem crédito e nós que podemos sentir no preço lá na frente.
Fonte: CNN Brasil