A Eli Lilly acaba de fazer história: nesta sexta-feira (21), a empresa bateu US$ 1 trilhão em valor de mercado. Isso mesmo — “trilhão”, com T maiúsculo. A Lilly agora divide a mesa dos gigantes com Apple, Microsoft e companhia, só que vindo direto do setor farmacêutico. E o motivo desse salto? Simples: remédios de emagrecimento bombando mais que academia em janeiro.
Nos últimos anos, os novos medicamentos para obesidade deixaram de ser “novidade” e viraram um dos mercados mais lucrativos da saúde. E a Lilly surfou essa onda como ninguém. Seu remédio tirzepatida — vendido como Mounjaro (para diabetes tipo 2) e Zepbound (para obesidade) — vendeu tanto que passou até o famoso Keytruda, da Merck. Resultado: virou o medicamento mais vendido do mundo. Nada mal.
A Novo Nordisk até começou na frente com o Wegovy, mas tropeçou no básico: faltou estoque. A Lilly aproveitou a brecha, entregou mais remédios, mais rápido, e ainda mostrou resultados clínicos melhores. Aí já viu: dominou o mercado.
Às 14h43 (horário de Brasília), as ações da empresa estavam subindo mais de 2%, batendo US$ 1.064,65 — o maior valor da história dos papéis. E tem mais: investidores estão tão confiantes que a ação negocia a cerca de 50 vezes o lucro previsto. É praticamente o pessoal gritando “vai subir!” no ouvido da empresa.
Desde o lançamento do Zepbound no fim de 2023, a Lilly já valorizou mais de 75%. Para comparação, o S&P 500 — o famoso índice das 500 maiores empresas dos EUA — subiu algo perto de 50% no mesmo período. Ou seja: a Lilly não só correu como deixou o mercado comendo poeira.
No último balanço, a empresa mostrou mais de US$ 10 bilhões só com remédios para obesidade e diabetes. Isso representa mais da metade dos seus US$ 17,6 bilhões de receita total. E a empresa ainda aumentou a previsão de receita anual em mais de US$ 2 bilhões porque a demanda só cresce.
E o futuro? Wall Street aposta que até 2030 o mercado de remédios de emagrecimento vai bater US$ 150 bilhões por ano. E quem deve dominar essa festa? Lilly e Novo Nordisk, de mãos dadas, faturando como se não houvesse amanhã. .
Fonte: CNN Brasil


