O Nubank decidiu dar mais um passo na sua saga de “startup que virou banco sem querer querendo”. Nesta quarta-feira (3), a empresa anunciou que pretende obter licença bancária no Brasil já no próximo ano, se enquadrando nas novas regras lançadas pelo Banco Central e pelo CMN.
E antes que alguém entre em pânico achando que a mudança vai travar o roxinho: Nada muda para o cliente.
O Nubank fez questão de reforçar que tudo continua como sempre — cartão funcionando, Pix voando e o app do jeito que a galera ama.
O que o Nubank é hoje?
Embora todo mundo trate o Nubank como banco, tecnicamente ele ainda não é. Hoje, o grupo opera com várias licenças diferentes:
- Instituição de Pagamento (a famosa conta digital)
- Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento
- Corretora de Títulos e Valores Mobiliários
Ou seja: um “Frankenstein financeiro” altamente regulado, mas sem o carimbo oficial de banco.
Com a nova licença, o Nubank passa a ter uma Instituição Bancária dentro do conglomerado. Mas, segundo ele mesmo, isso não muda praticamente nada nas exigências de capital, liquidez ou estrutura — só deixa tudo mais alinhado com as regras recém-criadas.
Por que o Nubank quer isso agora?
No fim de novembro, o BC e o CMN publicaram uma resolução proibindo empresas de usarem nomes que insinuem uma atividade para a qual não têm autorização específica.
Traduzindo:
Se quer se chamar banco, tem que ser banco.
E como o Nubank já tem mais de 110 milhões de clientes no Brasil, a empresa decidiu que está na hora de assumir oficialmente o título.
O que muda pra você?
Basicamente:
Nada. Zero. Niente.
A empresa afirma que:
- A operação segue igual.
- Os produtos não mudam.
- A segurança continua a mesma.
- E toda a estrutura regulatória atual já suporta bem o modelo do Nubank.
Essa mudança é muito mais burocrática do que prática — é o roxinho colocando um crachá novo, mas mantendo o mesmo expediente.
O que isso significa para o setor?
Do lado do mercado, a jogada reforça três pontos:
- O Nubank quer competir cada vez mais de igual pra igual com os bancões.
- A pressão regulatória sobre fintechs está aumentando — vide as novas regras, tributações e exigências.
- O BC está apertando o cerco para que empresas financeiras fiquem “nos seus quadrados” regulatórios.
Fonte: CNN Brasil


