A Nvidia — aquela mesma que virou sinônimo de “chip de IA” — decidiu abrir a carteira (de novo) e investir US$ 2 bilhões na Synopsys, uma gigante de software usada para projetar chips. Resultado? As ações da Synopsys deram aquele pulinho feliz na Bolsa.
Com esse aporte, a Nvidia agora aparece como a sétima maior acionista da Synopsys, segundo dados da LSEG. O mercado, como sempre, reagiu na hora: perto das 14h20 (horário de Brasília), as ações da Synopsys subiam 4,20%, sendo negociadas a US$ 435,55. Já os papéis da Nvidia também surfavam a onda, subindo 1,60%, a US$ 179,84.
Isso é bom? É ruim? É bolha? É tudo ao mesmo tempo?
A treta começou porque, no mês passado, o SoftBank resolveu vender as ações que tinha da Nvidia por US$ 5,83 bilhões. Isso acendeu aquele velho alerta do mercado:
“Será que essa história de inteligência artificial virou uma bolha?”
E, enquanto o pessoal especulava, a Nvidia soltou seu balanço do trimestre fiscal… e destruiu expectativas:
Lucro: quase US$ 32 bilhões (+65% vs 2024)
Vendas: US$ 57 bilhões (+62% ano a ano)
O mercado olhou e pensou: “Ok, talvez não seja só hype…”
Mas a movimentação que chama atenção é outra
O burburinho agora é sobre uma possível “teia de acordos” no setor de IA.
Pense assim:
A Nvidia vende chips.
As empresas de tecnologia compram chips da Nvidia.
Agora, a Nvidia investe dinheiro nessas mesmas empresas.
Ou seja: a fornecedora investe no cliente que compra dela… o que gera mais dinheiro… que é usado pra comprar mais chips… que aumenta o lucro da fabricante… que volta a investir no setor.
Um círculo perfeito — ou perigoso, dependendo de quem analisa.
E tudo isso ainda acontece no mesmo cenário em que a China lançou seu próprio modelo de IA barato, o DeepSeek, que já está fazendo as big techs americanas suarem a testa.
Fonte: CNN Brasil


