A OpenAI, criadora do ChatGPT, acaba de dar um passo gigante: a empresa fechou um contrato de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O objetivo? Desenvolver ferramentas de inteligência artificial de ponta para a área militar e de segurança nacional.
O anúncio foi feito pelo próprio Pentágono nesta segunda-feira (17), em um comunicado oficial.
O que a OpenAI vai fazer exatamente?
O contrato prevê que a empresa vai trabalhar na criação de protótipos de tecnologias avançadas de IA, que serão usados em operações de combate e também em tarefas administrativas internas do Departamento de Defesa.
Isso significa que a OpenAI pode ajudar os militares americanos a analisar grandes volumes de dados, tomar decisões estratégicas com mais rapidez e automatizar processos logísticos e burocráticos.
Boa parte do trabalho será realizada em Washington e arredores, e o prazo final para entrega é julho de 2026.
Por que isso é importante?
Esse contrato mostra que a OpenAI está cada vez mais presente em projetos estratégicos do governo americano, especialmente em áreas sensíveis como defesa e segurança.
Além disso, o acordo reforça o quanto a inteligência artificial já faz parte do dia a dia de grandes instituições – inclusive exércitos e órgãos de segurança nacional.
OpenAI em alta: crescimento explosivo
O contrato com o Pentágono chega num momento em que a OpenAI vive uma fase de crescimento impressionante. Na semana passada, a empresa anunciou que sua receita anualizada já ultrapassou os US$ 10 bilhões em junho.
Isso significa que, se a OpenAI continuar faturando no ritmo atual, pode fechar o ano com essa quantia bilionária em caixa.
O crescimento é impulsionado pelo sucesso de ferramentas como o ChatGPT, que já tem uma base de 500 milhões de usuários ativos por semana, segundo dados de março deste ano.
Próximos passos: mais investimentos à vista
E as ambições da OpenAI não param por aí. Em março, a empresa revelou que pretende levantar até US$ 40 bilhões em uma nova rodada de investimentos, que está sendo liderada pelo gigante japonês SoftBank.
Se tudo der certo, a OpenAI pode atingir uma avaliação de mercado de impressionantes US$ 300 bilhões, o que a colocaria entre as empresas de tecnologia mais valiosas do mundo.
IA e Defesa: uma parceria que só cresce
O interesse do Departamento de Defesa dos EUA por inteligência artificial não é novidade. Cada vez mais, o governo americano busca tecnologias capazes de:
- Detectar ameaças em tempo real
- Analisar dados de campo de batalha
- Tomar decisões com base em cenários simulados por IA
- Automatizar tarefas e reduzir o tempo de resposta em crises
A parceria com a OpenAI é mais um capítulo dessa história.
O que dizem os críticos?
Apesar da empolgação com o avanço tecnológico, essa aproximação entre IA e forças armadas também levanta preocupações. Grupos de defesa dos direitos humanos e da ética em tecnologia questionam os riscos de:
- Uso de IA para decisões letais em combate
- Possível violação de direitos civis com ferramentas de vigilância
- Falta de transparência em como essas tecnologias serão aplicadas
Até hoje, a OpenAI mantém uma política de uso restrito da sua tecnologia para fins militares ofensivos. No entanto, com contratos desse porte, o debate sobre os limites éticos da inteligência artificial deve ganhar ainda mais força nos próximos meses.
Fonte: Infomoney
Leia mais: Assaí e Atacadão lideram ranking das marcas mais valiosas do varejo alimentar no Brasil