OpenAI fecha parceria com a Broadcom para criar chips próprios de IA e reduzir dependência da Nvidia

A OpenAI anunciou uma nova parceria estratégica com a Broadcom para o desenvolvimento de seus primeiros processadores de inteligência artificial internos, marcando um passo importante rumo à autossuficiência em infraestrutura de computação. O acordo, revelado nesta segunda-feira (13), impulsionou as ações da Broadcom, que subiram mais de 7% no início do pregão.

Aposta bilionária em poder computacional

De acordo com as empresas, a OpenAI projetará os chips, enquanto a Broadcom será responsável pela fabricação e implementação a partir do segundo semestre de 2026. Esses processadores personalizados terão capacidade de 10 gigawatts, um nível de consumo energético equivalente às necessidades de mais de 8 milhões de residências nos Estados Unidos.

A iniciativa faz parte de uma corrida global por semicondutores de alto desempenho. A OpenAI, criadora do ChatGPT, busca garantir o poder de computação necessário para sustentar o crescimento explosivo de seus modelos de IA e reduzir a dependência da Nvidia — líder absoluta no mercado de chips gráficos voltados para inteligência artificial.

Parcerias estratégicas e o cenário competitivo

A parceria com a Broadcom surge logo após uma série de acordos firmados pela OpenAI no setor. Na semana passada, a empresa de Sam Altman anunciou um contrato de fornecimento com a AMD envolvendo 6 gigawatts em chips de IA, com direito a uma opção de compra de participação na fabricante.

Poucos dias antes, a Nvidia havia revelado planos de investir até US$ 100 bilhões na OpenAI e fornecer sistemas de data center capazes de operar com pelo menos 10 gigawatts de capacidade.

Esses movimentos reforçam a intensa disputa por infraestrutura de IA, à medida que grandes empresas de tecnologia tentam atender à crescente demanda global por ferramentas generativas e modelos avançados de aprendizado de máquina.

Sam Altman fala em “novo salto de infraestrutura”

“O avanço da inteligência artificial depende de uma infraestrutura poderosa e sustentável”, afirmou o CEO da OpenAI, Sam Altman, em comunicado. “A parceria com a Broadcom é um passo fundamental para liberar o verdadeiro potencial da IA e garantir que possamos continuar inovando em larga escala.”

Altman também destacou que a iniciativa permitirá à OpenAI diversificar sua base de fornecimento de chips, reduzindo riscos logísticos e financeiros em um momento em que a competição por unidades de processamento se intensifica em todo o mundo.

Detalhes financeiros ainda não revelados

Os valores do acordo não foram divulgados, e não está claro como a OpenAI financiará o projeto de produção dos novos chips. A empresa vem recebendo investimentos massivos da Microsoft e de fundos internacionais, mas o custo de entrada no setor de semicondutores é altamente elevado, exigindo bilhões de dólares em pesquisa, energia e fabricação.

Mesmo assim, o movimento indica que a OpenAI está deixando de ser apenas uma desenvolvedora de software para se tornar uma empresa de infraestrutura tecnológica completa, com controle sobre toda a cadeia produtiva de seus sistemas — dos chips ao modelo final.

Resumo:
A OpenAI entra de vez na corrida dos chips de inteligência artificial com apoio da Broadcom, apostando em autossuficiência e expansão global de poder computacional. O acordo reforça a tendência do setor: as gigantes de tecnologia querem não apenas usar IA, mas também fabricar o cérebro que a torna possível.

Fonte: Infomoney

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