O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve manter a taxa Selic em 14,75% ao ano na próxima reunião, marcada para a quarta-feira, 18, segundo projeção divulgada pelo UBS BB nesta sexta-feira (13). A expectativa do banco é que essa decisão marque o fim do atual ciclo de alta dos juros no Brasil, adotando agora uma estratégia de juros altos por um período prolongado.
Fim do ciclo de alta, mas sem cortes à vista
O relatório do UBS BB destaca que, no último comunicado, o Banco Central usou a expressão “o comitê seguirá vigilante”, que historicamente tem sinalizado estabilidade na taxa de juros nas reuniões seguintes. Desde 2019, toda vez que essa frase foi usada, o Copom não alterou a Selic no encontro subsequente.
“Acreditamos fortemente que o BC parou o ciclo de alta e vai adotar uma abordagem ‘high for long’ (juros altos por um longo período)”, afirma o documento.
Quando virá o primeiro corte?
Na avaliação do banco, a primeira redução da Selic não deve acontecer antes de abril de 2026, como forma de garantir que a inflação volte para a meta de 3% ao ano no horizonte relevante para a política monetária.
Um cenário alternativo, segundo os analistas, seria um corte já em março de 2026, com probabilidade maior do que em junho. Ainda assim, o banco acredita que o Banco Central agirá com cautela.
“Quando o BC começar a cortar a Selic, o ritmo será de 50 pontos-base por reunião”, prevê o relatório. Caso esse cenário se concretize, a expectativa é que a taxa termine 2026 em 11,75%, com possibilidade de atingir 9% no longo prazo.
Inflação acima da meta até 2026
O UBS BB também projeta que o IPCA, principal índice de inflação do país, ficará acima da meta nos próximos dois anos:
- 5% em 2025
- 4% em 2026
Esse cenário reforça a visão de que o Banco Central vai manter uma postura conservadora, evitando cortes prematuros na taxa de juros.
Fonte: Infomoney