Trump adia novamente o prazo para o TikTok nos EUA: o que está em jogo?

A novela envolvendo o TikTok nos Estados Unidos ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira (19). O presidente Donald Trump anunciou que assinou um novo decreto, prorrogando por mais 90 dias o prazo para que a ByteDance, empresa chinesa dona do aplicativo, se desfaça de seus ativos nos EUA.

O prazo original venceria no próximo dia 19 de junho, mas agora foi estendido para 17 de setembro de 2025.

Por que o TikTok está sendo pressionado?

Essa história não é de agora. Desde o início de 2024, o governo dos Estados Unidos pressiona a ByteDance a vender a operação do TikTok nos EUA ou encerrar o aplicativo no país.

O motivo?
Preocupações com segurança nacional.
O governo americano teme que os dados de milhões de usuários norte-americanos possam ser acessados ou usados pelo governo chinês, já que a ByteDance tem sede em Pequim.

Quantas vezes o prazo já foi adiado?

Esta é a terceira vez que Trump prorroga o prazo.

O prazo original era janeiro de 2025.
Depois, foi estendido para junho.
Agora, passa para setembro.

Segundo Trump, o objetivo é dar tempo extra para que a ByteDance consiga fechar um acordo para a venda dos ativos do TikTok nos EUA.

O que pode acontecer se a ByteDance não vender o TikTok?

Se o prazo acabar e nenhum comprador americano assumir o TikTok, o governo dos EUA poderá:

Banir o aplicativo no país, forçando as lojas da Apple e do Google a retirá-lo das suas lojas de aplicativos.

Ou, até mesmo, bloquear seu funcionamento para usuários com IPs americanos.

Existe algum interessado em comprar o TikTok?

Algumas empresas já demonstraram interesse em adquirir o TikTok nos EUA.

Em 2024 e início de 2025, surgiram rumores de que Microsoft, Oracle e até investidores liderados por fundos americanos estariam negociando com a ByteDance.

Mas até agora, nenhum acordo foi fechado oficialmente.

E os usuários americanos? Vão perder acesso?

Por enquanto, nada muda para os usuários.

O TikTok continua funcionando normalmente nos Estados Unidos. O app mantém suas operações, criadores continuam produzindo conteúdo e marcas seguem anunciando.

Mas o clima de incerteza segue forte.

O que diz o TikTok?

A ByteDance e o TikTok já entraram com ações na Justiça americana tentando barrar a lei que exige a venda ou o banimento.

O argumento deles é que a medida:

Viola a liberdade de expressão, garantida pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA.

E que o TikTok já implementou medidas para proteger os dados dos usuários americanos, como o projeto chamado “Project Texas”, que envolve o armazenamento dos dados em servidores nos EUA, sob supervisão da Oracle.

Por que isso é importante para o Brasil?

Mesmo que o caso seja nos EUA, o desfecho pode criar um efeito dominó para outros países, inclusive o Brasil.

Se a ByteDance for obrigada a vender o TikTok ou sofrer sanções nos EUA, o impacto global pode mexer com a empresa como um todo. Isso pode significar mudanças de estratégia, queda de investimento em novas funções ou até reflexos na operação brasileira.

Além disso, o caso pode abrir precedentes para governos de outros países também questionarem o TikTok por motivos de segurança.

Fonte: Infomoney

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