INTERNACIONAL

Meta vai oferecer opção de anúncios personalizados no Facebook e no Instagram na UE

A novela da DMA ganhou mais um capítulo: a Meta vai ter que dar aos usuários do Facebook e Instagram na União Europeia a opção de escolher que tipo de anúncio querem ver — e isso não é “gentileza”, é obrigação.

O que muda na prática?

A Comissão Europeia confirmou que, a partir de janeiro, usuários da UE poderão escolher entre:

  • Anúncios totalmente personalizados (compartilhando um pacotão de dados);
  • Anúncios menos personalizados, compartilhando só o básico.

Ou seja, acabou o “aceita tudo aí rapidão” — agora realmente tem escolha.
Mas claro: quando o assunto é regulação, “escolha” quase sempre vem acompanhada de multas…

Por que a Meta está colaborando agora?

Porque já tomou 200 milhões de euros de multa em abril.

E porque, em junho, a UE avisou:

“Ou cumpre de verdade, ou a gente começa a cobrar multa diária.”

E multa diária na União Europeia não é notificação do Serasa. É dor real.

Contexto rápido: o problema da DMA

A DMA (Lei dos Mercados Digitais) exige transparência, opção real de consentimento e proibição de práticas predatórias.
A Meta tentou empurrar um modelo “pague ou aceite tudo”, mas a Comissão Europeia disse:

“Não, Meta. Isso não é opção.”

Agora a empresa está recuando e oferecendo escolhas mais claras — como manda a lei.

Por que isso importa?

  • Pressiona o modelo de negócios da Meta, que depende pesado de anúncios hipersegmentados.
  • Abre precedente para outros países copiarem o pacote.
  • Afeta diretamente a receita da empresa na Europa, que já é uma região sensível para big techs.

Se os usuários começarem a escolher “menos dados”, o impacto pode ser sentido nos relatórios trimestrais.

E sim: isso cai como alerta para o mundo inteiro — quando uma plataforma de anúncios começa a receber travas na Europa, o resto tende a seguir em alguns anos.

Fonte: CNN Brasil