NEGÓCIOS

Nubank quer virar banco “de verdade” em 2026

O Nubank decidiu dar mais um passo na sua saga de “startup que virou banco sem querer querendo”. Nesta quarta-feira (3), a empresa anunciou que pretende obter licença bancária no Brasil já no próximo ano, se enquadrando nas novas regras lançadas pelo Banco Central e pelo CMN.

E antes que alguém entre em pânico achando que a mudança vai travar o roxinho: Nada muda para o cliente.
O Nubank fez questão de reforçar que tudo continua como sempre — cartão funcionando, Pix voando e o app do jeito que a galera ama.

O que o Nubank é hoje?

Embora todo mundo trate o Nubank como banco, tecnicamente ele ainda não é. Hoje, o grupo opera com várias licenças diferentes:

  • Instituição de Pagamento (a famosa conta digital)
  • Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento
  • Corretora de Títulos e Valores Mobiliários

Ou seja: um “Frankenstein financeiro” altamente regulado, mas sem o carimbo oficial de banco.

Com a nova licença, o Nubank passa a ter uma Instituição Bancária dentro do conglomerado. Mas, segundo ele mesmo, isso não muda praticamente nada nas exigências de capital, liquidez ou estrutura — só deixa tudo mais alinhado com as regras recém-criadas.

Por que o Nubank quer isso agora?

No fim de novembro, o BC e o CMN publicaram uma resolução proibindo empresas de usarem nomes que insinuem uma atividade para a qual não têm autorização específica.

Traduzindo:
Se quer se chamar banco, tem que ser banco.

E como o Nubank já tem mais de 110 milhões de clientes no Brasil, a empresa decidiu que está na hora de assumir oficialmente o título.

O que muda pra você?

Basicamente:
Nada. Zero. Niente.

A empresa afirma que:

  • A operação segue igual.
  • Os produtos não mudam.
  • A segurança continua a mesma.
  • E toda a estrutura regulatória atual já suporta bem o modelo do Nubank.

Essa mudança é muito mais burocrática do que prática — é o roxinho colocando um crachá novo, mas mantendo o mesmo expediente.

O que isso significa para o setor?

Do lado do mercado, a jogada reforça três pontos:

  1. O Nubank quer competir cada vez mais de igual pra igual com os bancões.
  2. A pressão regulatória sobre fintechs está aumentando — vide as novas regras, tributações e exigências.
  3. O BC está apertando o cerco para que empresas financeiras fiquem “nos seus quadrados” regulatórios.

Fonte: CNN Brasil